Valor do fundo petrolífero da Noruega atinge novo recorde de US$ 1,7 trilhão
Fundo mais poderoso do mundo e que tem na estatal Equinor sua principal fonte de receita
Pela primeira vez em sua história de quase três décadas, o fundo de petróleo da Noruega, o maior fundo soberano do mundo, acaba de ultrapassar o valor de mercado de 18 trilhões de coroas norueguesas, o que equivale a US$ 1,691 trilhão.
O Government Pension Fund Global, como o fundo norueguês é oficialmente conhecido, foi criado na década de 1990 e o governo começou a transferir receitas da indústria de petróleo e gás da Noruega para o fundo em 1996.
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Desde então, o fundo investiu em ações e renda fixa globalmente, aumentando seu valor com os retornos.
Em outubro de 2019, o valor do fundo ultrapassou 10 trilhões de coroas norueguesas e, em maio de 2023, o valor de mercado do fundo ultrapassou o limite de 15 trilhões de coroas norueguesas.
A fraca coroa norueguesa em relação ao dólar americano contribuiu um pouco para o novo patamar do valor do fundo, mas são os investimentos em ações no mercado de ações dos EUA, no qual o fundo é fortemente ponderado, que impulsionaram o valor recorde, disse Nils Kristian Knudsen, analista do Handelsbanken, ao outlet norueguês FinansWatch.
“Nossos investimentos em ações tiveram um retorno muito forte no primeiro trimestre, impulsionado principalmente pelo setor de tecnologia”, disse Trond Grande, vice-CEO da Norges Bank Investment Management, em abril, comentando sobre o desempenho do fundo no primeiro trimestre.
O fundo norueguês possui em média 1,5% de todas as empresas listadas globalmente. Os investimentos em ações — que respondem por 72,1% dos investimentos totais do fundo — consistem em ações de propriedade em cerca de 9.000 empresas em todo o mundo. Um total de 26% dos ativos do fundo são investidos em renda fixa, 1,8% em imóveis não listados e 0,1% em infraestrutura de energia renovável.
O fundo, que é comumente chamado de "fundo de petróleo da Noruega" porque foi criado com receitas de petróleo e gás, é acionista de muitas grandes empresas no mundo, incluindo grandes petroleiras, e tem o poder de influenciar outros investidores com suas decisões de investimento.
No final de 2023, ele detinha participações em 220 empresas de energia em 35 países, representando 2,6% de todos os investimentos. O fundo detinha 3,4% na BP, 2,88% na Shell, 2,42% na TotalEnergies, 1,35% na ExxonMobil e 1% na Chevron.
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