“Enfatizamos que garantir financiamento climático acessível, oportuno e viável financeiramente para os países em desenvolvimento é fundamental para viabilizar transições justas que combinem ação climática com desenvolvimento sustentável”, afirmou o grupo em seu comunicado. “Ressaltamos que o fornecimento e a mobilização de recursos no âmbito da UNFCCC e seu Acordo de Paris são responsabilidade dos países desenvolvidos em relação aos países em desenvolvimento.”

No entanto, o BRICs também reconhece que o mundo ainda está a décadas de distância de abandonar o petróleo e o gás, especialmente em suas economias emergentes. "Reconhecemos que os combustíveis fósseis continuarão a desempenhar um papel importante na matriz energética mundial", afirmou o grupo em sua declaração conjunta, "particularmente para mercados emergentes e economias em desenvolvimento, e reconhecemos a necessidade de promover transições energéticas justas, ordenadas, equitativas e inclusivas, e reduzir as emissões de GEE em consonância com nossas metas climáticas e observando o ODS 7, e os princípios de neutralidade tecnológica e responsabilidades comuns, porém diferenciadas, e respectivas capacidades, levando em consideração as circunstâncias, necessidades e prioridades nacionais."

Enquanto isso, o presidente Donald Trump ameaçou impor tarifas adicionais de 10% aos membros do BRICs e a qualquer país que faça negócios com eles, acusando-os de "políticas antiamericanas". "Qualquer país que se aliar às políticas antiamericanas do BRICs pagará uma tarifa ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a essa política. Obrigado pela atenção!", disse Trump no Truth Social.

A ameaça foi uma resposta à declaração conjunta do BRICs, que mencionou as tarifas como uma força disruptiva para o comércio global, "potencialmente exacerbando as disparidades econômicas existentes e afetando as perspectivas de desenvolvimento econômico global".