O presidente da BP no Brasil, Adriano Bastos, disse, durante participação em evento do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustiveis (IBP), que, nos últimos 18 meses, “fizemos mais do que em dez anos”, após os “avanços” regulatórios que incluem o fim da operação única da Petrobrás no pré-sal e a “flexibilização” da política de conteúdo local.

"Vivemos uma oportunidade única, com os grandes leilões do pré-sal e com o programa de desinvestimentos da Petrobrás”, disse ao jornal Valor.

Este quadro só confirma as denúncias da AEPET, que tem demonstrado as verdadeiras intenções do governo Temer. Em artigo publicado em novembro do ano passado, intitulado “Temer assume agenda das multinacionais do petróleo e desgraça o Brasil”, o presidente da AEPET, Felipe Coutinho, alertava para o viés entreguista do atual governo, que, apesar da flagrante impopularidade, se arvora a fazer reformas estruturais que comprometem o futuro da Petrobrás e do Brasil.

Coutinho deixou claro o que exatamente desejam as multinacionais e seus controladores. “Querem a propriedade do petróleo brasileiro, ao menor custo possível, com total liberdade para exportá-lo. Querem acesso privilegiado ao mercado brasileiro. Querem comprar os ativos da Petrobras a preço de banana. Querem garantir a segurança energética dos seus países, no caso das estatais. Querem maximizar o lucro no curto prazo, no caso das privadas.”

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