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Gustavo José Simões
Gustavo José Simões, Engenheiro Mecânico, Doutor em Engenharia pela UFRJ e Historiador

Desafios Globais para a Transição Energética

A transição energética no Brasil deve ser discutida em amplos debates. Já está claro que não existe apenas uma transição energética global

Publicado em 19/12/2023
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Após a Conferência do Clima de Paris, a chamada COP 21 da ONU, em 2015, a “transição energética” tornou-se tema relevante no debate global, já que o medo em relação ao clima é o seu principal motivador. O que se almeja é, de forma resumida, manter o aumento da temperatura média da Terra a menos de 2ºC (ou 1,5ºC) acima dos níveis pré-industriais. Espera-se evitar que fenômenos climáticos como ondas de calor, inundações costeiras, chuvas torrenciais, incêndios florestais e furacões, tornem-se mais frequentes entre tantas outras preocupações envolvidas na chamada mudança climática atual.

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Essa não é a única ameaça à civilização atual e as futuras, observam-se graves quadros de desigualdades sociais crescentes, de vulnerabilidade de povos e minorias, guerras, pandemias e, sobretudo, um aumento contínuo na concentração de renda e de riqueza [1]. Em um discurso para “salvar o Planeta”, é contraditório a observação do aumento do fosso entre “Nós e Eles”. Não existe uma humanidade de solidariedade, mas sim uma humanidade baseada no lucro, no uso abusivo da força e da repressão. Além disso, no futuro o desemprego em massa só tende a aumentar, como afirma o historiador Yuval Noah Harari [2].

“Pela primeira vez na história, a automação pode representar uma onda de desemprego em massa, graças aos avanços da Inteligência Artificial (IA). As pessoas terão que se acostumar a aprender novas habilidades e a se reinventar ao longo da vida se não quiserem fazer parte de uma nova classe social, a dos inúteis.”

O jornalista inglês Simon Reynolds criou o termo “retromania” para designar a busca obsessiva da cultura pop atual com o retrô. O presente se apresenta com enormes incertezas: climáticas, sociais e políticas. No passado, nos anos 1960, os jovens tinham como lema “Paz e Amor”, e na atualidade a única certeza é que vivemos uma modernidade líquida [3]. Ao que parece o passado é a forma mais segura de ser, pois ele é para sempre.
Ao contrário do que pensam pessoas ingênuas, que abdicam, em momento crítico da humanidade, da faculdade do pensar, o tema “transição energética” é mais complexo do que se imaginava e o debate em torno do tema é absolutamente necessário.

O relatório "Shaping a Living Roadmap for Energy Transition" [4], produzido pelo International Energy Forum com a S&P Global Commodity Insights como principal parceiro de conhecimento, conclui que a transição energética seguirá caminhos não lineares e envolverá, na verdade, múltiplas transições em diferentes regiões do planeta. O que de fato é preocupante é uma forma de pensar puramente baseada no medo, que nos impede de analisar criticamente questões que se relacionam diretamente com a transição energética.

Cada região do planeta tem uma realidade diferente. Por exemplo, os países em desenvolvimento foram os que menos contribuíram para a situação climática atual e geram emissões de gases do efeito estufa per capita bem mais baixas que os países ricos [5]. Logo, esses países, que têm necessidades sociais urgentes, precisam de fontes energéticas primárias confiáveis e com custo relativo menores.

De acordo com o historiador Daniel Yergin, especialista em Energia, “se a segurança energética é o primeiro desafio da transição, o tempo é o segundo... cada uma das transições anteriores se desenrolou ao longo de um século ou mais, e nenhuma foi o tipo de transição atualmente prevista” [6]. O especialista analisa que transições do passado estavam relacionadas mais a fatores tecnológicos e econômicos. A transição energética atual está muito mais relacionada a fatores políticos ligados aos riscos climáticos e está negligenciando questões fundamentais, como segurança energética, intermitência, eficiência, custo, e densidade energética.

Em meio a esse conjunto de decisões globais cada país precisa entender suas necessidades, avaliando tanto do ponto de vista econômico quanto social o que será melhor para o seu futuro. Alguns desafios globais podem ser apontados para a transição energética: segurança energética, tempo para a transição, países em desenvolvimento, minerais e impactos macroeconômicos.

Segurança Energética

Devido a perturbações causadas por cenários de guerras, na região do Oriente Médio e na Ucrânia, a segurança energética global voltou a ser uma grande prioridade para os países. De fato, segurança energética significa a garantia de fornecimento energético adequado e contínuo a preços razoáveis. Também tendo em vista as dificuldades econômicas atuais e o risco geopolítico crescente.

De acordo com a Agência Internacional de Energia [7], segurança energética significa a “oferta e disponibilidade de serviços energéticos a todo momento, em quantidade suficiente e a preços acessíveis”.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), “energia intermitente caracteriza um recurso energético que, para fins de conversão em energia elétrica pelo sistema de geração, não pode ser armazenado em sua forma original”. Essa questão afeta a segurança energética, pois a geração de eletricidade não estará disponível 24h por dia.

O que hoje se associa a transição energética é a utilização das energias renováveis, mais especificamente solar e eólica, e a substituição dos carros convencionais pelos carros elétricos. A geração de energia renovável, em larga escala, utilizando usinas eólicas e solares, tem a limitação do fornecimento intermitente de energia, produzindo energia apenas 25% a 34% do ano, pois depende de fatores ambientais que são variáveis ao longo do dia e do ano [8].

Existe a necessidade de se manter a curto prazo um modo de vida que depende demasiadamente dos combustíveis fósseis, que permanecerão por muitas décadas a desempenhar o seu papel fundamental. A despeito dos esforços políticos envolvendo a questão ambiental, no sentido de uma transição energética rápida, essa transição será possivelmente mais demorada e complexa do que se imagina.

Joe Biden, presidente dos EUA, e outros líderes mundiais, incentivam as empresas nacionais a aumentar a sua produção de petróleo. David Swensen, diretor de investimentos de Yale, afirmou recentemente: “se parássemos de produzir combustíveis fósseis hoje, todos morreríamos. Não teríamos comida, não teríamos transporte, não teríamos ar-condicionado, não teríamos roupas. O problema de verdade é o consumo, e todos nós somos consumidores” [6].

O Secretário-Geral do IEF (International Energy Forum), Joseph McMonigle, fez afirmações [6] sobre as dificuldades da transição atual, que tem como objetivo atingir a neutralidade de carbono em 2050, em relação à segurança energética.

"As expectativas de uma transição global linear foram abaladas à medida que os objetivos climáticos coexistem com prioridades em torno da segurança energética, do acesso à energia e da acessibilidade dos preços. Em vez disso, é necessária uma abordagem multidimensional que inclua diferentes situações em diferentes partes do mundo, refletindo pontos de partida variados e uma diversidade de abordagens políticas, e que seja equitativa."

Tempo para a Transição

É preocupante pensarmos que transições energéticas anteriores levaram séculos para de fato ocorrerem e não décadas. É possível se estabelecer diversas periodizações quanto a eras energéticas da humanidade.

Em sociedades tradicionais e antigas o uso da energia animada, através dos músculos de animais e de seres humanos, era a mais predominante. Ainda hoje esse tipo de força motriz é importante em regiões mais pobres da África e da Ásia. Entretanto, já em sociedades antigas duas classes de forças motrizes inanimadas já eram utilizadas, as rodas d’água e os moinhos de vento.

A primeira transição energética começou na Grã-Bretanha, no século XIII, com a substituição da madeira pelo carvão. A destruição das florestas tornou a madeira um produto escasso, e o carvão passou a ser utilizado para aquecimento em Londres. A vantagem do carvão era a sua disponibilidade e preço, não o desempenho superior, passando a ser muito utilizado com a introdução da máquina a vapor, assim como, para o aquecimento de residências e o cozimento de alimentos. Apenas em 1900 o carvão passou a suprir metade da demanda de energia mundial

A lenta substituição do carvão pelo petróleo, com o advento dos motores a combustão interna além de diversos outros usos, representa a segunda transição energética. Entretanto, o petróleo substituiu o carvão como fonte primária de energia mais utilizada apenas na década de 1960. Porém, é importante mencionar que, o consumo de carvão mundial em 2022 foi 3 vezes maior do que se consumia nos anos 1960.

Na verdade, existe uma natureza evolucionária das transições energéticas [9], onde uma fonte de energia não substitui completamente outra. Aspectos como funcionalidade, acessibilidade e custos explicam a inércia envolvida nestas transições. Em longos períodos, novos combustíveis e forças motrizes, vão sendo disponibilizados para as sociedades e avaliados quanto a esses aspectos. Existem diversos exemplos que mostram o quanto é complexa a história da energia.

As rodas d’água romanas foram utilizadas pela primeira vez no século I a.C. Entretanto, elas só se difundiram 500 anos depois. Além disso, como mostra Finley [10], seu uso era limitado à moagem de grãos.
No século XVI, a navegação por barcos a vela, permitiram a ascensão do ocidente. Mas, em 1790, galés suecas com canhões pesados, movidas a músculos humanos, foram usadas para destruir a frota russa em Svensksund [11].

Na segunda guerra mundial, navios da classe Liberty (EC2), os cargueiros dos Estados Unidos, não eram movidos por novos e eficientes motores a diesel, mas sim pelos antigos motores a vapor alimentados por caldeiras a óleo [12].

A transição energética atual não é motivada pelas mesmas razões das duas transições anteriores, mas sim por decisões políticas relacionadas às mudanças climáticas. O objetivo é atingir emissões globais líquidas nulas até 2050. O historiador e especialista em energia, Daniel Yergin, se mostra intrigado [6] com os prazos diferenciados estabelecidos por vários países.
"O que me intriga no objetivo de 2050 é que o objetivo da China é 2060. O objetivo da Indonésia é 2060. A Nigéria é o país mais populoso de África - o seu objetivo é 2060. O objetivo da Índia é 2070. Estamos a falar de mais de metade das emissões mundiais que não têm como objetivo 2050... A China é responsável por talvez metade do crescimento da procura global em 2023. Metade da energia eólica e solar do mundo está na China. Mas também já disseram que a segurança energética tem prioridade sobre os objetivos climáticos".

Apesar do objetivo de redução das emissões de carbono até 2060, a China continua aumentando sua procura por energia, em especial o carvão, petróleo, e gás natural.

Na verdade, não se sabe o resultado efetivo da transição nas próximas décadas, assim como não há um consenso sobre o tempo para a transição.

Minerais

Para a transição energética se viabilizar será necessária uma produção mundial enorme de minerais. Esses materiais devem ser produzidos através de processos industriais mais custosos e que sacrificam o meio ambiente e a saúde das pessoas. Além disso, a produção desses materiais também depende de energias fósseis.

Vários metais raros serão necessários para que a transição energética seja viável. A Agência Internacional de Energia [7] estima que os materiais mais críticos para a transição energética são o lítio, níquel, cobalto, cobre, grafite e as terras raras. Os elementos de terras raras incluem lantânio, disprósio, térbio, neodímio, cério, hólmio, érbio, samário, európio, escândio, itérbio, lutécio, túlio, promécio e gadolínio. A maioria é radioativa e difícil de extrair.

Os projetos de mineração para extrair esses metais podem levar em média 16 anos para entrar em operação. Consequentemente, espera-se que essa escassez aumente na próxima década [13]. A transição energética requer quantidades significativas de metais como cobre, o níquel, o cobalto e o lítio [13]. A procura de Lítio poderá aumentar mais de 40 vezes [6] até 2040, seguido do grafite, do cobalto e do níquel (cerca de 20-25 vezes).

As tecnologias verdes não contêm apenas metais raros, mas também consistem em metais mais abundantes, como aço, alumínio e cobre. A transição energética requer muito cobre, em 30 anos teremos que produzir a mesma quantidade de cobre produzida desde o início da humanidade.
Outra questão a ser considerada é que a produção de muitos minerais relacionados a transição energética está mais concentrada geograficamente do que a produção de petróleo ou o gás natural [7].

De acordo com o relatório sobre o papel dos minerais críticos para a transição energética, de 2022, da Agência Internacional de Energia [7], poderá haver escassez de lítio, níquel e importantes elementos de terras raras, como neodímio e disprósio, nos próximos anos. As preocupações com os recursos se referem também com a qualidade. Nos últimos anos, a qualidade do minério de diversas matérias-primas continuou a diminuir. Por exemplo, o grau médio do minério de cobre no Chile diminuiu 30% nos últimos 15 anos.

É demasiadamente complexo a reciclagem dos materiais envolvidos na tecnologia verde. Pode-se ter o um problema equivalente ao do lixo nuclear. Na verdade, o que é extraído custa menos do que um caro processo de reciclagem. Além disso, certos materiais nem sabemos como reciclá-los.
Deve-se interrogar se existem recursos suficientes para viabilizar uma suposta transição energética completa. Atualmente, os dados revelam uma lacuna iminente entre as ambições climáticas reforçadas do mundo e a disponibilidade de minerais críticos que são essenciais para concretizar essas ambições.

Países em Desenvolvimento

Historicamente os países desenvolvidos são responsáveis por cerca de 70% dos gases do efeito estufa emitidos [14]. Ao longo do século XX desenvolveram suas economias e populações muito em parte devido ao amplo acesso à energia de relativo baixo custo e qualidade e disponibilidade elevada, mais especificamente, através da dependência de carvão, petróleo e gás natural.

Daniel Yergin, em seu mais recente livro, The New Map [6], descreve detalhadamente um ponto importante de discórdia atual entre o Norte Global e o Sul Global. Os países mais ricos influenciam organizações internacionais para que se estabeleça políticas que negam aos países em desenvolvimento a possibilidade de produzirem energia a custo acessível e disponível para desenvolverem suas sociedades, carentes de recursos, que em geral consomem muito menos energia per capita.

O Ministro de Energia indiano fez uma afirmação [6] que mostra uma perspectiva diferente sobre a transição energética: "Na Índia, parte da transição energética consiste em as pessoas que queimam resíduos ou madeira utilizarem GPL ou gás natural para os substituir.".

Cada país tem, portanto, uma realidade diferente, uma matriz energética única. O tema transição energética deve ser debatida exaustivamente pelas sociedades, em especial nos países em desenvolvimento. É necessário questionar certas resoluções internacionais que visam restringir o próprio uso de energia de países carentes. Os problemas sociais, fruto de acentuada desigualdade social mundial, não pode ser esquecida em meio a resoluções para uma rápida transição energética.

Não faz sentido países em desenvolvimento sacrificarem o desenvolvimento de suas populações para, de certa forma, “pagar a conta” por todas as emissões que os países desenvolvidos lançaram na atmosfera durante um século.

Por óbvio, será de fato necessário que os países em desenvolvimento, tenham acesso a hidrocarbonetos para melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de seus habitantes antes que eventualmente alterem as suas trajetórias de emissões.

Macroeconomia

Para se atingir os objetivos de neutralidade de carbono até 2050 a Europa deve reduzir suas emissões per capita até o nível indiano. Diversos países já anunciaram mecanismos de algum tipo de imposto ou precificação de carbono. As iniciativas de forma geral, como o Inflation Reduction Act e o RePowerEU, se mostram insuficientes para uma transição mais rápida [6].

O custo para a transição energética global é estimado em 100 trilhões de dólares, mais caro do que a maioria pode suportar. A crise econômica se intensifica na Europa e em diversos países. Os projetos na área da energia eólica offshore geram diversos problemas, pois é cara e difícil de implementar. Após uma falsa promessa de uma eletricidade mais barata, a realidade é que os custos para o consumidor final, envolvidos nesse tipo de energia, podem aumentar [15].

Algumas alternativas como o mercado do carbono, uma abordagem de mercado às alterações climáticas, não estão de fato contribuindo para uma diminuição das emissões. Na verdade, funcionam como um desincentivo às tecnologias hipocarbônicas, pois é mais barato comprar licenças para poluir.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, declarou recentemente que pretende transformar a Europa no primeiro continente neutro em carbono do mundo. Entretanto, mesmo para países do ocidente há incertezas quanto aos impactos econômicos da uma transição energética. Um artigo do Peterson Institute for International Economics explica que não se sabe se os efeitos de uma transformação em uma economia com impacto neutro no clima melhorarão ou prejudicarão o crescimento. Ainda que defenda que a prosperidade depende da descarbonização, o artigo afirma que nos próximos 10 anos a descarbonização reduzirá o potencial econômico [6].

Declarações que afirmam que a realocação dos investimentos sairia de empresas de energia e financiariam a “descarbonização” da economia parecem incorretas. Pois, a maior parte das reservas de petróleo e gás natural do mundo pertencem a governos nacionais, e não a acionistas na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. As empresas podem fazer investimentos pontuais, mas não o suficiente para tal transição global. Os governos nacionais precisam direcionar os seus recursos e investimentos para contribuir com a melhora da qualidade de vida de suas populações, principalmente em países em desenvolvimento. Gastos que implicam em um aumento no valor dos serviços oferecidos a sociedade, como a energia elétrica, seriam obviamente focos de críticas e de questionamentos.
Em relação ao Brasil, a mudança de uso da terra e floresta, setor que compreende principalmente o desmatamento, sobretudo na Amazônia, corresponde a 49% das emissões de GEE (Gases do Efeito Estufa), e o setor agropecuário a 24% das emissões em 2021. Esses setores são historicamente os maiores responsáveis pelas emissões de GEE no país. Os dois setores juntos, que se referem a atividade agropecuária em sentido amplo, representam 73% de toda a poluição climática brasileira. Apenas 18% das emissões se devem ao setor de energia, e esse setor tem fundamental importância para o crescimento da economia do país e a geração de emprego. O Brasil já tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 45% de fontes renováveis em 2023 [5].

Por outro lado, o país tem uma das maiores desigualdades sociais do mundo, e essa desigualdade é uma das causas da pobreza na realidade brasileira. A transição energética no Brasil deve ser discutida em amplos debates. Já está claro que não existe apenas uma transição energética global, mas sim transições energéticas, no plural. O país tem um grande potencial na área de petróleo e gás que representa uma oportunidade para o desenvolvimento da sociedade.

REFERÊNCIAS

[1] Chancel, L., Piketty, T., Saez, E., Zucman, G. et al. World Inequality Report 2022, World Inequality Lab.

[2] HARARI, Yuval Noah. 21 lições para o século 21. São Paulo. Editora: Companhia das Letras, 2018.
[3] BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001.
[4] Shaping a Living Roadmap for Energy Transition. A report by the International Energy Forum and S&P Global Commodity Insights. Disponível em: <https://www.ief.org/focus/ief-reports/gesi-shaping-a-living-roadmap-for-energy-transition>. Acesso em: novembro de 2023.
[5] G. Simões, “OS GASES DE UM EFEITO ANTIDESENVOLVIMENTISTA”, 2023.
[6] The New Map.: Energy, Climate, and the Clash of Nations. By Daniel Yergin.New York: Penguin, 2021 Press. 492 pp, 2020.
[7] IEA. International Energy Agency report. Disponível em: <https://www.iea.org>. Acesso em: novembro de 2023.
[8] P. Bonifas e T. J. Considine, “The Limits to Green Energy,” 2023.
[9] Melosi, M.V. 1982. Energy Transitions in the Nineteenth-Century Economy. In Energy and Transport, ed. G. H. Daniels and M. H. Rose, 55-67. Beverly Hills, CA: Sage Publications.
[10] Finley, M.I. 1965. Tecnichal innovation and economic progress in the ancient world. Economic History Review 18:29-45.
[11] Martin, C., and G. Parker. 1988. The Spanish Armada. London: Hamish Hamilton.
[12] Elphick, P. 2001. Liberty: The Ships That Won the War. Annapolis, MD: Naval Institute Press.
[13] Pescatori, Andreas and Boer, Lukas and Stuermer, Martin, Energy Transition Metals (October 1, 2021). IMF Working Paper No. 2021/243, Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=4026470.
[14] Hickel J, O'Neill DW, Fanning AL, Zoomkawala H. National responsibility for ecological breakdown: a fair-shares assessment of resource use, 1970-2017. Lancet Planet Health. 2022 Apr;6(4):e342-e349. doi: 10.1016/S2542-5196(22)00044-4. PMID: 35397222.
[15] Is the Global Energy transition simply too expensive. https://oilprice.com/Energy/Energy-General/Is-the-Global-Energy-Transition-Simply-Too-Expensive.html.

Autor:
Gustavo José Simões
Engenheiro Mecânico, Doutor em Engenharia pela UFRJ e Historiador.
https://gustavosimoes23.blogspot.com/

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