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ONS diz que falha em eólicas e solares provocou o apagão em agosto

o principal fator que levou ao blecaute foi a performance dos equipamentos de controle de tensão em campo de diversos parques eólicos e fotovoltaicos

Publicado em 27/09/2023
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torre de energia eólica
Foto: Ronaldo Morais/Wikimedia

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou nesta semana a versão preliminar do Relatório de Análise de Perturbação, que apontou a causa que levou ao apagão nacional no dia 15 de agosto. Segundo o documento, o principal fator que levou ao blecaute foi a performance dos equipamentos de controle de tensão em campo de diversos parques eólicos e fotovoltaicos, no perímetro da Linha de Transmissão Quixadá-Fortaleza II, no Ceará.

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Segundo o ONS, esses dispositivos das usinas deveriam compensar automaticamente a queda de tensão decorrente da abertura da linha de transmissão, porém o desempenho no momento da ocorrência ficou aquém do previsto nos modelos matemáticos fornecidos pelos agentes e testados em simulações.

A elaboração do documento, com as principais conclusões do ONS, faz parte das etapas e ritos de elaboração do relatório que estará finalizado até o dia 17 de outubro – de acordo com o prazo regulamentar de 45 dias úteis. O relatório foi apresentado aos agentes do setor elétrico, que irão se manifestar, fazendo suas contribuições.

No documento, constam providências a serem tomadas pelos 122 agentes, assim como para os geradores eólicos e fotovoltaicos. Ao todo, foram centenas de apontamentos que os agentes e o Operador terão de implementar até julho de 2024. As providências vão desde ajustes em proteções, passando por problemas na comunicação com os agentes no momento da recomposição, até a validação dos modelos matemáticos de todos os geradores eólicos e fotovoltaicos, entre outras.

No RAP também estão elencadas providências que já foram tomadas. Entre elas, está a adaptação da base de dados oficial, pelo Operador, para representar a performance dos referidos parques eólicos e fotovoltaicos tal como observada em campo durante a perturbação, de modo a utilizá-la nos estudos de caráter operativo. O ONS ainda implementou novos limites de intercâmbios e medidas operativas na região Nordeste, visando garantir a segurança operativa do SIN.

“O RAP que está em elaboração é um dos mais importantes da nossa história e será fundamental para o aprimoramento do planejamento, da operação, da regulamentação e da integração de novos projetos. São inúmeras as contribuições que traremos para o setor elétrico brasileiro e que também pode servir de parâmetro para outros operadores no mundo”, disse o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.

Ele reforçou ainda que as lições aprendidas, bem como as medidas que estão sendo implantadas no Brasil, serão essenciais para que se continue integrando cada vez mais fontes renováveis, contribuindo para a transição energética. “O ONS já vem atuando por meio de um programa de modernização de seus processos e ferramentas, que será acelerado, para continuar cumprindo a sua missão de ser um habilitador da evolução do Setor Elétrico Brasileiro, pelo bem da sociedade brasileira”, conclui Ciocchi.

Fonte(s) / Referência(s):

Jornalismo AEPET
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