O BBA destaca que os principais projetos não sancionados nos segmentos de upstream e downstream incluem SEAP 1 e 2, as revitalizações da Bacia de Campos, a UFN-III (planta de fertilizantes) e o Complexo Boaventura (antigo Comperj). Estima-se que os desembolsos previstos para esses projetos representem aproximadamente US$ 3,2 bilhões do total de capex não sancionado.
O banco observa que adiar projetos como SEAP 2 (atualmente programado para 2030), as revitalizações da Bacia de Campos (2029 e 2030), o Complexo Boaventura (2028) e a UFN-III (2028) por um ano poderia reduzir o capex de 2026 em até US$ 3 bilhões.
Segundo a análise de sensibilidade do Itaú BBA, assumindo Brent a US$ 65 por barril e capex de leasing de US$ 3,5 bilhões, reduzir a projeção de capex para menos de US$ 17 bilhões seria suficiente para fechar a lacuna entre geração de caixa e pagamento de dividendos, permitindo que a Petrobrás financie investimentos e dividendos sem aumentar a dívida bruta.
A Genial Investimentos, por sua vez, avalia que o verdadeiro valor a ser destravado pela Petrobras não está apenas no impacto financeiro imediato dos cortes de custos ou da venda de ativos maduros mencionados na mídia, mas na redução da percepção de risco e na disciplina de capital que essas medidas sinalizam.
A combinação de foco em exploração e produção de petróleo (E&P) — considerado o segmento com maior retorno dentro da empresa —, maior eficiência operacional e o adiamento de investimentos relevantes em renováveis para além de 2035 pode levar a uma reprecificação do case.