Nas quatro semanas até 4 de junho, a média das exportações de petróleo russo por via marítima subiu para 3,73 milhões de barris por dia (bpd), acima dos 3,68 milhões de bpd revisados nas quatro semanas até 28 de maio, segundo dados de rastreamento de navios-tanque monitorados pela Bloomberg.

Os embarques de petróleo bruto russo estão 1,4 milhão de bpd acima do nível do final de 2022, isso depois que Alemanha e Polônia pararam com as importações de petróleo russo por oleoduto observa Julian Lee, da Bloomberg.

No domingo, os produtores da Opep+ decidiram manter os cortes atuais até o final de 2024, enquanto o maior produtor da Opep e maior exportador mundial de petróleo bruto, a Arábia Saudita, disse que reduziria voluntariamente sua produção em 1 milhão de bpd em julho, para cerca de 9 milhões de bpd.

A Rússia disse que reduziria sua produção de petróleo em 500.000 bpd a partir de março. Os cortes de 500.000 bpd agora se estenderão até o final de 2023 e, após a reunião de domingo, até o final de 2024.

No entanto, os dados de exportação de petróleo bruto russo nas últimas semanas não refletiram nenhum corte – pelo contrário, as exportações de petróleo bruto russo por via marítima têm aumentado.

Parece que a Arábia Saudita está farta da falta de clareza sobre os níveis reais de produção da Rússia e maior oferta para os mercados asiáticos, o que está dificultando as tentativas sauditas de aumentar os preços do petróleo.

A Rússia parou de relatar os níveis de produção de petróleo, e o mercado e os analistas precisam confiar em dados de rastreamento de embarcações, fontes comerciais e estatísticas de importação na China e na Índia sobre a quantidade de oferta russa.

Após a reunião da OPEP + em Viena neste fim de semana, o ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse, referindo-se à Rússia: “Discutimos com a Rússia a questão de sua produção e pedimos que esclarecesse seus dados e fortalecemos o conceito de transparência com a Rússia. sobre seus números de produção de petróleo.”