Shale Gas expõe a falácia da iniciativa privada como motor do desenvolvimento
Dinheiro público sustenta produção não convencional nos EUA
Ao participar do podcast Missão Desenvolvimento, promovido pelo economista Paulo Gala e que contou também com a participação do ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Guilherme Estrella, a geóloga da Petrobrás e vice-diretora de Comunicação da AEPET Patrícia Laier mostrou a dimensão do investimento público nos Estados Unidos, país tido como maior exemplo da participação da iniciativa privada no desenvolvimento econômico.
Comentando o caso do Shale Gas, ou gás de folhelho, Patrícia ponderou que há rápida perda de produtividade dos poços, exigindo investimentos que a iniciativa privada não se dispõe a fazer. "Sobretudo quando o preço do petróleo está em baixa, como na época da Covid, a produção não convencional, como a do Shale Gas, não desperta o interesse da iniciativa privada", afirmou.
Segundo a vice-diretora de Comunicação da AEPET, os norte-americanos consomem por dia um quinto do petróleo produzido mundialmente, sendo grandes importadores e dependentes do Oriente Médio. Mas apesar dos grandes investimentos o Shale Gas é apenas um paliativo frete ao consumo naquele país. "Investem fortunas para não dependerem de importações, mas o não convencional é paliativo e sem o investimento público a iniciativa privada sozinha não seria capaz. O não convencional vive no vermelho", afirmou a geóloga.
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