Petroleiros promovem atos em defesa da Petrobrás no dia do aniversário da empresa
Novos modelos de parcerias implementados pela atual gestão colocam em risco a soberania nacional e a transição energética justa
Os atos reuniram centenas de trabalhadores em refinarias, terminais, fábricas de fertilizantes e usinas da Petrobrás Biocombustíveis (PBio).As mobilizações tiveram início no começo da semana, com uma manifestação organizada pelo Sindipetro Unificado, em São Paulo.
Houve protestos na terça-feira (30), no Terminal da Transpetro, em São Caetano do Sul (SP); na quarta-feira (1º/10), na Refinaria Capuava (Recap-SP); e na quinta-feira (2/10), na Refinaria de Paulínio (Replan-SP).
Nesta sexta (3), data do aniversário da companhia, os atos se espalharam por diferentes unidades: Terminal de Barueri (SP); Heliporto do Farol de São Thomé (Campos-RJ); e nas refinarias Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor-CE); Abreu e Lima (Rnest-PE); Henrique Lage (Revap-SP); Duque de Caxias (Reduc-RJ); e Presidente Getúlio Vargas (Repar-PR). Na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap-RS), a mobilização precisou ser cancelada devido ao temporal que atingiu Canoas.
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O ponto alto das manifestações nacionais ocorreu nas usinas da PBio, em Candeias, na Bahia, e Montes Claros, em Minas Gerais. A subsidiária está sob ameaça de privatização, por meio de um modelo de parceria com o setor privado semelhante ao que já foi implementado em outros ativos da companhia.
A FUP vem alertando que esse processo pode fragilizar o Sistema Petrobrás e gerar impactos diretos sobre os trabalhadores, como transferência de empregados sem garantia de estabilidade.
Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, participou do ato na Bahia e reforçou a importância de defender a soberania energética do país.
“Hoje foi dia de ato nacional contra as privatizações e por um Brasil soberano. Estivemos juntos na PBio, em Candeias, defendendo a Petrobrás e reafirmando que ela existe graças à luta dos trabalhadores. Não aceitaremos projetos de privatização que ameaçam nossa soberania e precarizam o trabalho”, destacou.
Além da defesa da soberania energética e do papel estratégico da Petrobrás no desenvolvimento do país, as manifestações também tiveram como pauta a campanha reivindicatória da categoria. Entre as demandas, estão a valorização do Plano de Cargos, soluções para os equacionamentos da Petros e garantias no Acordo Coletivo de Trabalho.
Atos de resistência
Na avaliação da FUP, os atos simbolizam a continuidade da resistência que, nos últimos anos, evitou a privatização completa da companhia. “Se chegamos até aqui foi com luta e seguiremos adiante, porque defender a Petrobrás é defender o Brasil”, afirmou Bacelar.
Aos 72 anos, a Petrobrás vive um momento de reconstrução, com a retomada de concursos públicos e a reversão de medidas adotadas nos últimos governos, como a venda de subsidiárias e refinarias. Ainda assim, segundo a FUP, os novos modelos de parcerias implementados pela atual gestão colocam em risco a soberania nacional e a transição energética justa.
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