A neutralidade é um mito e viver é um ato político!
Subjacente a esta afirmação está a falácia de que pessoas e instituições podem ser apolíticas.
Não podem! Apartidárias, sim. Consta na maioria dos estatutos das organizações não governamentais, como a AEPET-BA que ela é apartidária. Ou seja, não deve estar vinculada a um partido político.
Mesmo sendo um sofisma o discurso “apolítico”, ou “apartidário”, é comum, tautológico, e utilizado pelos donos do poder, quase sempre com o apoio da grande mídia. É uma forma de confundir o povo com discurso de fácil aceitação. É preciso estar atento para enfrentar esse discurso fácil e massificante.
Como exemplo citamos as ações deletérias feitas, atualmente, contra a PETROBRÁS como a conhecemos, e nos propusemos a defender. Para nós da AEPET é uma questão basilar. Está no Estatuto! Assim como a defesa dos associados, da soberania nacional e da engenharia brasileira. Como não se posicionar politicamente? O mesmo se aplica à: PETROS, AMS, venda dos ativos, saída da empresa no Nordeste e transferências dos empregados, só para citar algumas questões que exigem posicionamento, tanto do cidadão quanto das entidades envolvidas.
O cenário para os próximos anos contém uma série de ameaças concretas ao Brasil, entre estas estão: à Petrobras, às instituições públicas sociais, à educação, ao meio ambiente, aos aposentados e aos mais carentes. Novamente: como não se posicionar politicamente?
Estamos às vésperas das eleições de 2 de outubro, quando serão eleitos: presidente, governadores, senadores e representantes nas câmaras federal e estadual. O resultado definirá que rumo o Brasil tomará nos próximos quatro anos. A postura da AEPET-BA é pelo caminho apontado pelo Estatuto:
Defesa da PETROBRÁS: reestatização da Companhia e sua manutenção no Nordeste, fim da política de preços de derivados;
Soberania do Brasil: o Pré-sal como propriedade do estado brasileiro e protagonismo internacional desatrelado do alinhamento automático com outras nações;
Do Associado: a PETROBRÁS como responsável pelos danos havidos na PETROS, AMS restaurada como sempre foi compromisso da empresa e fim dos malabarismos nos acordos coletivos que prejudicam os aposentados.
A pós-modernidade teria abolido a luta de classes, não havendo mais um inimigo a enfrentar. Será verdade? Claro que não. Este é um discurso perigoso que não interessa aos movimentos sociais, à juventude ou aos trabalhadores. Não se posicionar significa colocar-se junto aos que dominam.
A AEPET-BA, como qualquer outra instituição, é política na sua essência. Querer desvincular a luta pela representatividade de classe da luta política é um ato falacioso, falso! O futuro depende do nosso protagonismo como cidadão, quanto mais despolitizada for à sociedade mais facilmente será dominada.
Parlamentares e candidatos que defendem a privatização da PETROBRÁS e ameaçam à democracia não representam os valores da AEPET-BA e não devem ser eleitos. Por isso, a entidade recomenda aos eleitores, em geral, e aos seus associados, amigos, em particular, que não votem nos candidatos com programas favoráveis à privatização do patrimônio público, contrários à Constituição Brasileira. São projetos destrutivos contra a Petrobrás que criam monopólios privados que favorecem as empresas estrangeiras, como aconteceu com a venda da RLAM, na Bahia. A refinaria foi vendida a preço vil para o fundo soberano dos Emirados Árabe, país concorrente do Brasil no mercado internacional do petróleo e agora detém o monopólio dos combustíveis e gás de cozinha na Bahia.
Conclamamos a todos e todas a participarem da eleição elegendo governantes e parlamentares comprometidos com a reconstrução da Petrobrás no Brasil e na Bahia.
Dia 2 de outubro espera de todos nós, associados da AEPET-BA ou não, um ato político: o voto consciente!
Diretoria Executiva da AEPET-BA
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