A terceira revisão consecutiva para baixo do crescimento da demanda global por petróleo refletiu amplamente "dados reais recebidos combinados com expectativas ligeiramente menores para o desempenho da demanda por petróleo em algumas regiões", disse a OPEP.

O crescimento da demanda chinesa foi cortado novamente e foi responsável pela maior parte da revisão para baixo do crescimento da demanda global por petróleo em 2024. A OPEP agora espera que a demanda por petróleo da China cresça em 580.000 bpd este ano, abaixo do crescimento de 650.000 bpd esperado no relatório de setembro.

“O consumo de diesel continuou a ser contido pela desaceleração da atividade econômica, principalmente pela desaceleração na construção de edifícios e moradias, e pela substituição do óleo diese por gás natural liquefeito em caminhões pesados”, escreveram os economistas da organização no relatório.

A OPEP também cortou sua previsão de crescimento da demanda global de petróleo para 2025, diminuindo o crescimento esperado em 102.000 bpd para 1,6 milhão de bpd.
A demanda global total de petróleo deve, portanto, atingir uma média de 105,8 milhões de bpd no ano que vem.

O relatório da Opep também faz referência ao Brasil. cartel cortou as expectativas para a produção de petróleo no Brasil nos próximos dois anos, mas manteve o país como um dos quatro países de fora da Opep que mais deverão impulsionar o avanço da oferta global em 2024.

A Opep espera que a oferta do Brasil suba cerca de 60 mil barris por dia (bpd) neste ano, para uma média de 4,2 milhões de bpd. Segundo o relatório, o corte de 50 mil bpd deve-se à produção brasileira aquém do previsto nos últimos meses.

O cartel espera um aumento na produção em alguns campos de petróleo - como Búzios, Tupi e Itapu - e início da operação de outros projetos petrolíferos em 2024, mas reconhece que "problemas técnicos e operacionais podem atrasar o calendário de produção das plataformas".

Com informações de oilprice.com e Reuters