Conforme a AEPET vem denunciando, matéria veiculada no site Petronotícias ratifica que os petroleiros estão "reagindo duro" à ideia do presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, de enxugar o quadro de funcionários para um efetivo de 30 mil e à decisão do Conselho de Administração que, no início de junho, aprovou mudança na política interna da estatal, elevando de 30% para 40% a proporção máxima para a admissão de gestores oriundos do mercado nas gerências-executivas.
A Petrobrás diz acreditar que as mudanças vão "agregar competências" para justificar a maior transformação que a companhia passa nos últimos anos.
Para o geólogo Luciano Chagas, aposentado da Companhia, o argumento da diretoria "não passa de papo furado". Ele frisa que a empresa está sendo privatizada e esquecendo a razão para qual foi criada: ajudar no desenvolvimento do Brasil. "A gestão atual é apenas financeira e direcionada para a privatização, como também faz o presidente do Banco do Brasil."
Segundo o geólogo, informações de pessoas da empresa dão conta de que o atual RH da Petrobrás faz doutrinações e ameaças. "Estes cidadãos só fazem mal a Petrobrás e ao Brasil. Nos últimos anos, sem a outorga do povo e com mentiras das promessas feitas campanhas políticas do Executivo e Legislativo, estão privatizando a empresa sob falsos argumentos de transformá-la numa empresa lucrativa, exclusiva em E&P, enquanto vendem nos ativos do mesmo E&P do pré-sal."
Preocupado com a destruição de mais de meio século de trabalho dos que fizeram da Petrobrás uma das maiores petroleiras do mundo, com grande contribuição à tecnologia do setor, ele aponta para a perda de conquistas dos empregados, como assistência médica e fundos de aposentadoria. "Estão cada vez mais corroídos e direcionando para a privatização, tudo isso patrocinado subliminarmente pela atual direção da Petrobrás, que todo dia tenta apartar os vínculos da assistência médica/odontológica -hospitalar e o fundo de previdência da empresa, sob falsos argumentos de melhora para os empregados e assistidos. Pensam que estes são idiotas e não percebem as claras manobras."
"Mesmo depois do fracasso evidente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que na prática é quem governa o Brasil, cada vez mais faz novas promessas de crescimento padrão escola de Chicago, a mesma que afundou diversos países e até o FMI rejeita, pois já admite a importância dos investimentos estatais modelo keynesiano", resume, criticando a omissão dos parlamentares e militares no caso.
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"Petroleiros unidos jamais seremos vencidos"