O governo Bolsonaro e a administração da Petrobrás, escondem fatos, mentem, sofismam, com o objetivo espúrio de levar a nação brasileira à eterna subordinação. A escravidão.
Nosso povo, mal informado, não sabe como reagir.
Os caminhoneiros já compreenderam a situação e chamam paralisação para 1º de novembro. É hora dos caminhoneiros utilizarem seu poder de comunicação levando a verdade dos fatos ao povo brasileiro. Vamos convocar sindicatos, associações, cooperativas e a população em geral para irem às ruas com faixas "EXIGIMOS O FIM DO PPI E CPI NA PETROBRÁS JÁ".
Atualmente a Petrobrás cobra em suas refinarias um preço de combustível que lhe concede uma margem de lucro superior a 200% (antes do último aumento). O que é um roubo. Do preço do Diesel na bomba, mais de 36% é lucro da Petrobrás. Para enganar eles dizem que é necessário a redução do ICMS. Na realidade o ICMS representa menos de 50% do lucro da Petrobrás. Que conversa é essa? Se a Petrobrás reduzir sua margem de lucro para 100%, o que é altíssimo, o preço do Diesel S-10 nas bombas cairá para menos de R$3,50. Cabe a intervenção do Executivo para exigir essa modificação. Se necessário for, tem que haver a substituição da administração da empresa (diretoria e conselho) retirando os lesa-pátrias e colocando brasileiros.
Logicamente, os importadores (SHELL, ABICOM, etc.) vão protestar. E daí? Os produtores de etanol (RAIZEN, SHELL, etc.) também vão protestar. E daí? Hoje eles estão fornecendo etanol a preço de gasolina baseado em PPI. Isto é justo? Os especuladores da bolsa também vão protestar. E daí? Quem gosta de cassino sabe os riscos que corre, qualquer modificação na bolsa em nada afeta a empresa. Vamos transmitir essa informação para o povo.
Recentemente o presidente Bolsonaro concedeu entrevista reconhecendo que o Brasil precisa investir em refino para substituir importações, mas informou que a Petrobrás não dispõe de recursos para investir. Como assim, Bolsonaro? O Plano de Negócios da Petrobrás 2021-2025 mostra que a empresa pretende distribuir 35 bilhões de dólares em dividendos para os acionistas neste período. Pagar dividendo ou investir é uma opção da empresa. Basta reduzir um pouco os dividendos e aplicar no refino e o problema será resolvido. Fala sério, Bolsonaro. Vamos informar o povo deste fato.
Associação dos Engenheiros da Petrobrás – AEPET, Associação Brasileira de Imprensa – ABI, o Clube de Engenharia, o Conselho Federal de Economia, a Federação Brasileira de Geólogos, publicaram um Manifesto pedindo o fim do PPI da Petrobrás e a instauração de uma CPI na empresa imediatamente. Vamos divulgar esse Manifesto para todo o povo brasileiro. Sendo instaurada uma CPI, os ratos que estão na empresa vão perceber que serão alcançados, e vão tratar de pular do barco. O deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) protocolou um requerimento de CPI na Petrobrás deste 1º de setembro de 2021. A Frente Parlamentar de Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, presidida pelo deputado Nereu Crispim (PSL-RS), se realmente quer defender os caminhoneiros, tem que endossar o requerimento do deputado Paulo Ramos. Esqueçam as divergências político-partidárias. A situação é muito grave.
Barbosa Lima Sobrinho sempre disse que no Brasil só existem dois partidos, o partido de Tiradentes e o partido de Silvério dos Reis. Queremos saber quais parlamentares brasileiros pertencem ao partido de Tiradentes ou ao partido de Silvério dos Reis. E vamos usar toda nossa força de comunicação para esclarecer a população brasileira.
Termino com Millôr Fernandes: "O Brasil é o único país do mundo onde o rato põe a culpa no queijo".
TMJ
Cláudio da Costa Oliveira
Diretor do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Carga - CNTRC
Comentários
Lamentamos muito, mas não podemos concordar com os burocratas da equipe econômica e administradores da Petrobras quanto a formação de preços dos combustíveis pela famigerada PPI. Devido a complexidade da parametrização atribuída pela PPI, há que ser prestados maiores esclarecimentos de seus idealizadores para que possamos enxergar e expor as entranhas da formulação pouco ortodoxa e realista montada pela Petrobras, que achou por bem denominar de preços de paridade internacional PPI, em autentica falácia, como será esclarecido a seguir.
Por conhecer bem a Petrobras e suas nuances, posso fazer uma analise mais acurada acerca de prefixação de preços com base na paridade apregoada em sua equação paramétrica, pois lá trabalhei por mais de 40 anos, montando idênticas equações para centenas de contratos de grande porte, com vista a aquisição de bens e serviços para diversas unidades da estatal petroleira, nos seguimentos onshore e offshore de sua imensa cadeia de negócios.
Agora, repare que o preço da gasolina no Brasil, não resume apenas no preço do petróleo, mas que deveria igualmente refletir o somatório de custos distribuídos ao longo de todo o processo da sua cadeia produtiva, que comumente denominamos de formação de preços do poço ao posto.
Pois bem, a Petrobras coloca todas as parcelas de custos no mesmo cesto e parâmetro atrelado ao dólar, não para facilitar o cálculo na formação de preços, pois dispõe de poderosos sistemas computacionais que a possibilitaria conferir com lisura a formação de preços da gasolina, DIESEL e gás de cozinha.
Se a Petrobras, ou o governo Bolsonaro obrigasse a Petrobras a montar a equação paramétrica corretamente, levando em consideração as parcelas retro mencionadas, observaríamos o preço da gasolina nas bombas em patamares inferiores aos cinco reais, mesmo com a manutenção da atual formatação da carga tributária, contra os quase oito reais cobrados atualmente, que faz disparar a inflação, colocando o Brasil na contramão da recuperação econômica mundial, aumentando absurdamente e artificialmente o lucro da Petrobras e seus pares, fazendo a festa de acionistas, a maioria estrangeiros detentores das ADR's, com ampliação da fome e desgraça do brasileiro, retirando recursos dos pobres para doar gratuitamente aos ricos e poderosos, funcionando como um autêntico Hobin Hood às avessas. EIS A NOSSA REALIDADE.
Percebam que em toda Europa, os trabalhadores recebem em euro, no EUA em dólar e no Brasil em Real. Lá o efeito cambial da moeda é zero. Por aqui, definitivamente não é, pois a Petrobras paga os seus trabalhadores e fornecedores e demais despesas internas em real na sua cadeia produtiva.