Por Pedro Pinho
Onde está o petróleo?
Apenas dois países estão entre as cinco maiores reservas de óleo e de gás do planeta: a Rússia e o Irã. Ambos são participantes da “Nova Rota da Seda”, o maior projeto de desenvolvimento do mundo, que já engloba mais de 145 estados nacionais, majoritariamente na África (44), na Ásia (42) e na Europa (29).
Por outro lado onde estão os maiores consumidores de óleo e de gás? De acordo com a bp Statistical Review of World Energy, edição de 2021, dos dez maiores consumidores, apenas cinco também são produtores, embora nem todos possam satisfazer a demanda interna. São grandes consumidores com produção que atende total ou significativamente o país, em exajoules: os Estados Unidos da América (62,49), a Federação Russa (21,20), a República Islâmica do Irã (11,70), a Arábia Saudita (10,55) e o Canadá (8,32). Os que completam a lista dos dez maiores são importadores líquidos, valores também em exajoules: República Popular da China (40,40), Índia (11,17), Japão (10,25), Alemanha (7,33) e Coreia do Sul (6,94). A distância destes para os demais é tamanha que o próximo da lista, que no entanto é autossuficiente, é o Brasil (5,77 exajoules). Ao qual seguem países europeus entre 5 e 3,5 exajoules de consumo.
O petróleo do mundo está na Venezuela (onde o reeleito presidente é chamado pela imprensa OTAN de ditador), no Oriente Médio, na Rússia e no Turcomenistão.
Precisa mais para que se compreenda a verdadeira causa das revoluções coloridas, dos injustificados ataques ao Iraque, à Líbia, à Síria, ao Afeganistão (vizinho de ricos detentores de reservas de petróleo)?
O que se evidencia em todas as guerras é a morte da comunicação. Quem pode imaginar que as notícias, as fotos, as entrevistas com que nos bombardeiam as mídias televisivas, impressas, radiofônicas nacionais e importadas sejam verdadeiras? Quando as fake news são as mais encontradas comunicações, tradicionais e virtuais?
Estamos assistindo a mudança de um Império, das finanças apátridas, por um novo que esperamos se consolide com respeito à humanidade e ao trabalho, ao invés da renda e da especulação financeira. O que faz o presidente de uma empresa do povo brasileiro dizer sem se envergonhar nem pedir desculpas que o objetivo da Petrobrás é pagar substanciais dividendos aos acionistas, mesmo que sejam obtidos não com suas operações, cada dia mais reduzidas, mas com a venda de valiosos ativos, que custaram o esforço de gerações de brasileiros.
ENERGIZANDO
*Ministro da Economia alemão: sanções de energia contra Rússia levariam preços a subir ainda mais
**Mesmo com lucros de R$ 175 bilhões, bancos fecham mais de 12 mil vagas em 2 anos
***Preços do gás na Europa batem recorde em meio a preocupações com a oferta
Comentários
Pedro Pinho, no último parágrafo, acha que um determinado Presidente "de uma empresa do povo brasileiro ... [deveria] se envergonhar [ou] pedir desculpas [pois] o objetivo da Petrobrás é pagar substanciais dividendos ... mesmo que ... não com suas operações ... mas com a venda de valiosos ativos, que custaram o esforço de gerações de brasileiros"
Pobre Pedro Pinho, que acha que venda de ativos gera Lucro Bruto ou Lucro Líquido ou Dividendo. ACORDA, PEDRO PINHO!!!!!
Venda de ativo deve ser confrontada com custos passados (normalmente já depreciados, ok) e com expectativa de recebimentos futuros.
Com empresas é a mesma coisa, Pedro Pinho. Dividendos são parcela DO LUCRO LÍQUIDO destinada a remunerar INVESTIMENTOS de acionistas em mercado de risco, no qual uma empresa pode até distribuir dividendos quando os acionistas PERDERAM DINHEIRO no valor total das ações. Claro que esse não é o caso da Petrobras (sem acento) de agora, mas foi caso reconhecido dessa mesma empresa anos atrás, né, Pedro Pinho, AEPET e outros defensores de corruPTos?
Outro comentário: por que você não demonstra o mesmo respeito pelo nosso presidente, realmente democraticamente eleito, do que com o respeito pelo "democraticamente eleito" Maduro?
Última observação: parabéns por ter conseguido escrever um texto inteiro sem incluir a palavra "rentistas".
Mas, chamou-me a atenção o alto consumo do Irã (11,7) e Arábia Saudita (10,55)! A que se deve este consumo acima dos países europeus e Japão ?
Mundo: 1532,0 Rússia 60
Venezuela: 297,7 Libia. 48,1
Arábia Saudita 265,9. Nigeria 38,5
Canadá 173,6. Cazaquistão 30
Irã 157. Brasil 25,2
Iraque. 143. USA 19,1
E A U. 97,8. China 16,1
Esses são os números reais e o resto deliriosas cegos e espanadores de fake. Não tem jeito.
Quanto aos "apenas 2 entre os 5 primeiros" do Pedro Pinho, nenhuma OUTRA observação "inteligente" sua, né?
Bom te ver de volta aqui, espero que razoavelmente recuperado daquela parte do #fiqueemcasa que você não entendeu bem.
Já começa com pérola de "apenas 2 países estão entre os 5 maiores". Oras, Pedro Pinho! Entre os 5 maiores estão não apenas 2 países, mas EXATAMENTE CINCO mesmo, não? A exceção de participarem da "Nova rota da seda" está em outra frase, nada a ver com a pérola #1.
Outra (entre muitas): a própria AEPET já reconheceu que a única guerra dos EUA contra o Iraque (a de 2003, pois a Guerra do Golfo foi da ONU em resposta à invasão do Kuwait) custou aos cofres estadunidenses muito mais do que o petróleo de anos de um Iraque com produção limitada por sanção da ONU, LEMBRA?
E você realmente acha que "o petróleo do mundo está na Venezuela"? Bom, a despeito de MUITAS publicações que denominam os 300 bilhões de barris da Venezuela de "reserva", nós daqui bem sabemos que ali são RECURSOS, pois se fossem reais reservas já estariam em produção faz tempo.
Fosse tudo isso não haveria hordas de venezuelanos invadindo o Brasil sob proteção de Bolsonaro (vejam só) e fugindo de uma série de DITADORES TIRANOS, verdade seja dita, não é só "a imprensa da OTAN" que os considera assim.
De que planeta você veio, Pedro Pinho?