O economista Sylvio Massa de Campos, que foi diretor da BR Distribuidora e um dos seus criadores, está lançando o livro "A desconstrução da Petrobrás" (Altadena), fato que considera um crime de lesa-pátria. Afirmando não ser difícil identificar os responsáveis pelo desmonte da Companhia, Massa alerta para o dano proporcionado às futuras gerações.
"Todo brasileiro precisa saber sobre o desmonte de uma empresa que se tornou gigante, a serviço de toda a sociedade brasileira, nosso maior patrimônio, e agora se vê condenada a atender ao interesse de poucos", denuncia o economista, que é diretor da AEPET.
"Os brasileiros que, desde a campanha 'O petróleo é nosso', construíram a Petrobrás e viram o amadurecimento técnico que se deu no pioneirismo da produção em águas profundas, amargam a perda desta conquista, algo que representa um dos maiores desastres para nossa soberania", resume o autor, que presta homenagem aos 60 anos de fundação da AEPET e às principais lideranças da Associação.
Para o historiador Ivan Alves Filho, licenciado pela Universidade Paris-VIII (Sorbonne) e pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, o livro de Sylvio Massa contextualiza o papel da Petrobrás com fonte indispensável de energia. "Defender a Petrobrás está novamente na ordem do dia", sublinha.
"Sylvio deixa claro no livro que para onde vai a Petrobrás, segue ineludível o país.
Questão de vida ou morte do povo brasileiro."
Gilberto Felisberto Vasconcellos
Sociólogo, Jornalista e Escritor brasileiro, professor titular da Universidade Federal de Juiz de Fora.
"Que não fiquemos em silêncio, que não nos acovardemos perante tão agressivo ataque ao interesse nacional. Está aí o chamamento contido nestas páginas, onde a coragem do autor Sylvio Massa de Campos permite aflorar um sentimento de nacionalismo e patriotismo em todos nós."
Alexandre Savio
Psicólogo, jornalista e editor
Análise critica do livro "A Desconstrução da Petrobrás"
Por Ivan Alves Filho
"Defender a Petrobrás está novamente na ordem do dia. O livro de Sylvio Massa, a meu juízo, contextualiza o papel dessa fonte indispensável de energia nos dias atuais, revelando o quanto nosso desenvolvimento tem elevado nível de dependência do chamado ouro negro."
A primeira grande batalha cívica travada pelo povo brasileiro após a luta pela Abolição talvez tenha sido a campanha pela nacionalização do petróleo. Centenas de milhares de cidadãos foram às ruas para defender a soberania do país. Militares patriotas e comunistas deixaram suas divergências de lado em função de um grito de guerra, quase: "O petróleo é nosso!"
Com tanta gente se mobilizando, das mais diferentes classes sociais, o petróleo tinha mesmo que ser nosso - e de fato o foi. Com muito sacrifício, mas foi. Resta saber por quanto tempo ainda. Pois o governo atual representa uma ameaça não só à Democracia como à nossa própria autonomia.
Vale dizer, o patrimônio nacional corre riscos. Nossas riquezas estão sendo dilapidadas. Essa a inquietante conclusão a que chegamos após a leitura da obra organizada por Sylvio Massa. Defender a Petrobrás está novamente na ordem do dia. Podemos até discutir se o petróleo ocupa hoje o mesmo lugar central em nosso desenvolvimento que ocupava nos anos 50. Mas uma coisa é certa: seu valor simbólico permanece intacto, ainda que estejamos na era da inteligência artificial, da química fina e da engenharia genética. Ainda que à nacionalização tenhamos que agregar uma gestão cada vez mais transparente e popular, uma exigência dos tempos.
O livro de Sylvio Massa, a meu juízo, contextualiza o papel dessa fonte indispensável de energia nos dias atuais, revelando o quanto nosso desenvolvimento se mantém atrelado ao chamado ouro negro.
Tenho a mais absoluta convicção de que homens da estatura de Horta Barbosa, Jesus Soares Pereira, Nelson Werneck Sodré e Barbosa Lima Sobrinho assinariam com prazer esta obra.
Ivan Alves Filho é Historiador licenciado pela Universidade Paris-VIII (Sorbonne) e pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris
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Comentários
Naquele artigo ficou demonstrada grande disparidade é com relação á total dependência de energia Fóssil, temos os EUA com 84,3%, Austrália com 92,3%, Alemanha com 78,9%, Japão 87,9%, Reino Unido 79,3%, Israel 98,2%, China 85,3%...Com relação ao total de consumo atual, ficando explicita aqui a extrema dependência dos maiores países do mundo sem uma única exceção, portanto aqueles argumentos de alguns de se desfazer deste artigo Fóssil é falacioso.
E com relação ás energias Renováveis; O Brasil ocupa posição altamente privilegiada com 37,4% é 2,36 vezes maior que o segundo colocado que é a Alemanha com 15,8%.
Sugiro a todos que que puderem que comprem mais de um e ofereçam a alguém que tenha dúvidas sobre o valor da Petrobras para todos os brasileiros.
Desejo muito sucesso ao seu livro para que os brasileiros possam entender a realidade que vivemos