praticado pela atual gestão da PETROBRAS. Nos últimos dias 05 e 08 de fevereiro de 2019, esta empresa, com ampla tradição de respeito às normas trabalhistas, em um ato discricionário prejudicou a carreira profissional de duas profissionais de nível superior, destituindo-as de suas atribuições de consultoras técnicas em função das mesmas pertencerem aos quadros diretivos do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ). Embora a natureza da função associativa/sindical enseje na necessidade do debate do contraditório, em um regime de respeito à democracia, entendemos que a atual direção da PETROBRAS não se sente confortável com essa realidade.
Assim, a FEBRAGEO se solidariza com a engenheira metalúrgica e de materiais Carla Marinho, detentora de mestrado na sua área de formação profissional e especialista em “Ensaios Não Destrutivos”. A referida profissional trabalha na PETROBRAS desde 2002, estando lotada no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES) desde 2003. Em junho de 2014, obteve o reconhecimento profissional como consultora, sendo a mesma revalidada pela companhia em 2018, ressaltamos que contra a profissional nada pesa em sua competência, conduta ou ética.
A geóloga Ana Patrícia Laier trabalha na PETROBRAS há quase 19 anos e por conta de seu destaque profissional nas áreas de Petrofísica e Perfis de Imagem foi promovida a função de consultora técnica há pouco mais de oito anos, conforme os processos de valoração profissional estabelecidos na empresa há quase vinte anos. Além dos diversos gerentes e demais profissionais que tiveram que se envolver na concessão e na revalidação periódica baseada em critérios técnicos mensuráveis de sua posição como consultora interna, Patrícia Laier tem também o reconhecimento de seus pares, na comunidade de geociências da empresa, como profissional dedicada e competente.
Enfatiza-se que nada disso mudou desde que ela passou a atuar como dirigente sindical a partir de 1 de junho de 2017, o que pode ser atestado pela recente revalidação e manutenção da sua consultoria em 2018. Patrícia Laier milita no movimento sindical com a mesma empolgação de sua atuação técnica. Garra e destemor não lhe faltam para lutar em defesa da PETROBRAS, da posse do petróleo pelos brasileiros e, em última instância, da construção de um país soberano e de economia pujante.
A história de vida de Patrícia Laier torna ainda mais inaceitável a medida tomada pela direção recém-empossada na PETROBRAS. A punição seria inaceitável para qualquer sindicalista, pois atenta contra a liberdade de organização dos trabalhadores e contra a própria democracia. No entanto, tratando-se de profissionais com competência consagrada, a FEBRAGEO tem mais motivos para expressar seu repúdio e sua indignação.
A punição de Patrícia Laier e Carla Marinho é um ultraje contra o corpo técnico da PETROBRAS, um conjunto de profissionais que ajudou a transformar esta empresa na potência industrial que garante a soberania energética do Brasil há mais de seis décadas. Ficaremos à mercê da definição de "consultorias ideologicamente alinhadas" com cada governo federal que se eleger?
A FEBRAGEO espera que tais ações sejam revistas para o bem da própria PETROBRAS.
São Paulo, 17 de fevereiro de 2019.
Diretoria da Federação Brasileira de Geólogos – FEBRAGEO
Comentários
O caso será solucionado pois a justiça existe para isto, entretanto fica difícil sanar os danos causados à própria instituição Petrobrás
essa retaliação política contra as funcionárias Carla e Patrícia. Conheço mais a Patrícia pois fomos colegas de setor por varios anos e atesto
sua competência técnica e comportamento ético e moral.
[...]
Protejamos nossa PRATA DA CASA!
SUCESSO em sua luta Carla e Patrícia Laier!
Isso inclui chamar os outros de "Fascista"?
Só os fascistas.
E vc não é nada... Pega um pirulito pra tentar suprir essa sua carência e para de tentar chamar a atenção fazendo malcriado... Há, tá certo... Vc não tem mesmo mais nada o que fazer... Que esta perdendo aqui sou eu. Boa noite muquirana. Tá vendo? Nivelamos o debate.
Pura perseguiçao , o que esperar do novo governo fascista , cujo lema canalha e "ou da ou desce ".
Pelo comentarios de alguns, muitos ja deram e se refastelam na submissao , na covardia e no odio ideologico.
Prezados, de que adianta discussão ideológica, ser de direita ou de esquerda, fascista ou Nazista o que se está atacando sao profissionais espe*tas de reputação ilibada e suas capacidades não são inerentes as suas ideologias, foram conquistadas ao longo do tempo com muito esforço e dedicação. Toda a nossa solidariedade a Patricia e a Carla.
Você fala das coisas sem saber do que diz. Primeiro que suas acusações não cabem no que está reportado aqui. Patrícia e eu somos diretoras sindicais desde 2017 e, assim nos dispusemos junto com outros colegas justamente para buscar melhorar o sindicato e reconectá-lo com a categoria. Nunca estivemos envolvidas, graças a Deus, em qualquer roubo ou falcatrua. Muito pelo contrário. Se quer saber, nem filiada a partido eu sou. E se fosse, também não seria um demérito. A direção de hoje nos persegue exatamente porque sabe que o Sindipetro-RJ e o trabalho que fazemos é sério. Do contrário, seria bem diferente. E nem nós encararíamos uma jornada de trabalho tripla (família, Petrobras e sindicato) à troco de construir um sindicato medíocre. Da mesma forma, nenhum político nos deu consultoria, mas nossa competência técnica que foi atestada pela própria direção da empresa. Inclusive a atual
Mais um que vem ignorar o fascimo... Patético.... Como o fascismo...
O problema são os ignorantes que usam o termo de maneira incorreta...são uns coitados!
Não, o problema são os bandidos que douram a pílula por interesse próprio... Belo tiro no pé...
Nada a ver relacionar ameaça inexistente e comprovadamente não operacionalizada com situação dessas duas pessoas.
Mas, repito que você tem razão: o que nos foi dito é que, apesar da competência técnica, perdemos a função por sermos dirigentes sindicais
Não sei se você tem função gratificada como eu tive, mas se é o caso, na reunião da empresa específica conosco, foi dito em alto e bom tom que quem não aderisse ao PCR nunca mais receberia um nível no processo de ANFG. Temos denúncia de uma colega que perdeu a supervisão por não ter aderido. E ela era excelente supervisora.
De nossa parte, foi dito que nossa perda de consultoria, apesar da revalidação em 2018, se devia única e exclusivamente devido ao fato de sermos dirigentes sindicais. Ouvi isso da boca do meu gerente, do GG, do GE e da GP (ex RH). Da mesma forma, foi o que Patrícia ouviu de sua linha hierárquica. Nada nesta nota é mentiroso ou inexato. Procure se informar melhor. E, se ainda assim continuar duvidando, convido-o ao CENPES onde posso lhe provar isso sem constrangimento algum ou calúnia.
Também tenho colegas consultores que não aderiram e assim se mantêm em suas funções. Mas isso não muda nossa história
Enfim, é prerrogativa da PETROBRAS nomear para cargos de CONSULTORIA quem atender os requisitos estabelecidos por ELA, e mesmo que preencha todos os requisitos nos *ectos técnicos não é condição necessária e suficiente para manutenção no cargo e/ou nomeação.
O pré requisito para uma consultoria é o desempenho técnico, evitando-se que no afã de se premiar em bom profissional se nomeie um mau gerente. Isto é que está por trás da carreira em Y.
Outra coisa, cargo é geólogo, geofísico, engenheiro, etc. Gerente e consultor são funções
Sair disto, é correr o risco de gerar laudos aprovando barragens como as de Brumadinho e Mariana.
O que o consultor faz fora do ambiente de trabalho, sua orientação política, filosófica, religiosa, não tem nada a ver com a atividade que se espera dele.
Uma última informação: o processo atual de seleção e manutenção de consultores exige o cumprimento de uma série de etapas para qualificação dos candidatos, mas nenhuma delas inclui investigação ideológica.
Portanto, não procede a sua afirmação de que ela exige que o candidato esteja "aderente as suas políticas e diretrizes". Até por que perseguir funcionário por atividade sindical é ilegal.
Pensando assim, caímos na esparrela de dizer que a moça só foi estuprada por causa da mini saia, ou que uma dada pessoa foi assaltada porque usou algo chamativo em local perigoso. Não se pode inverter os valores e culpar as vítimas pelo mal que lhes aconteça. A banalização do descumprimento da lei foi o que nos levou aonde estamos.
Consultores não têm que ser ideologicamente alinhados, mas competentes tecnicamente no que fazem e serem honestos e éticos. Assim é que vinha sendo
a adesão ao PCR não era "individual"? Então ameaçar perda de função descaracteriza o direito individual de opção. Sendo verdade o que estás dizendo, a Petrobras corre um grande risco de ter que indenizar todos os trabalhadores, pois a ameaça descaracteriza o direito de opção. E já tem diversas ações na justiça sobre o tema.
Vários dos meus colegas de trabalho, mudaram de ideia e aderiram ao PCR na última hora, declaradamente por medo das represálias que poderiam ocorrer se ficassem no lado que estivessem menos optantes. Mesmo achando que o PCR era pior que o PCAC.
Não é o primeiro caso de perda de cargo por conta da não migração de que tenho notícia.
E discordo da afirmação de que "a companhia já havia avisado que o pessoal com função do PCAC estaria sujeito à perda da função". Não vi nada neste sentido escrito em lugar nenhum. Se foi avisado foi de boca e neste ou naquele lugar, não foi geral. Até porque é totalmente ilegal e se ficar constatado que está acontecendo, pode acabar mal para a empresa.
Porém, repetindo, ninguém escreveu aqui que fomos destituídas por causa desta questão de PCR/PCAC e sim, por sermos dirigentes sindicais.