A privatização da Eletrobrás é um dos projetos draconianos e lesa-pátria que o governo quer aprovar.
Os problemas com a privatização da Eletrobrás neste momento vão além das limitações naturais ao projeto neoliberal atrasado. A Eletrobrás é um conglomerado que tem dentro de si mega empresas como Eletrosul, Eletronorte, Eletronuclear, gestão da Itaipu Binacional, Furnas entre outras. Esse conjunto produz e distribuiu energia elétrica e faz investimentos em infraestrutura para atender a demanda energética do país. O capital privado não pode assumir tamanha responsabilidade com um bem público.
O momento inclusive é pior possível para privatizar uma empresa pública. Os ativos, de qualquer natureza, ficam reduzidos durante crises financeiras. O cenário favorece propostas abaixo do valor real da empresa e os agentes do sistema financeiro internacional são os maiores interessados nessa mamata.
O movimento da oposição, o movimento democrático, o movimento sindical e as forças progressistas de modo geral precisam gritar em alto e bom tom que são contra essa privatização da Eletrobrás.
Paulo Kliass - Doutor em economia e membro da carreira de Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental do governo federal.
Fonte: Vermelho