A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, na última segunda-feira (21) aplicar uma advertência por "erro grave" de conduta ética (clique aqui para ler) ao diretor de Governança, Risco e Conformidade da Petrobrás, João Adalberto Elek Junior. Em 2015, ele autorizou a contratação, sem licitação, pelo valor de R$ 25 milhões, da empresa de consultoria Delloitt, em que sua filha disputava uma vaga de emprego.
"Houve uma conduta errada e violadora da lei", disse o presidente da Comissão, Fernando Menezes, após explicar que não houve recomendação para que ele deixasse o cargo porque a comissão só faz avaliação ética e não administrativa do caso. "Estamos falando de um diretor de compliance da maior empresa brasileira", ressaltou Fernando Menezes.
Segundo o jornal DCI, Menezes ligou para o presidente da Petrobras, Pedro Parente, para lhe informar da decisão quase unânime do colegiado - recebeu apenas um voto contrário. "Deve haver a prevenção do conflito de interesse. A autoridade incorre em conflito de interesse quando toma decisões que beneficiem pessoas jurídicas da qual participem parentes ou consanguíneos ou alguém de sua família que seja próximo", ressaltou Fernando Menezes.
No entanto, o esclarecimento oficial da Petrobrás (clique aqui para ler) se limita a informar que o diretor recorrerá da decisão e que a Comissão não teria encontrado irregularidades.
A AEPET chama a atenção para o fato e para a indignação dos trabalhadores da Petrobrás, como ficou claro em diversas opiniões postadas no portal da Companhia, pois quem deveria ser o guardião da ética se vê advertido justamente pela falta dela e não dá expliclações suficientes à opinião pública.
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