O economista Cláudio da Costa Oliveira, declarou ao Programa Faixa Livre desta quinta-feira (06) não estar otimista em relação a 2022. "Que esperança temos? Mudam os governos mas a regra não muda. O país não é soberano. Está na mão dos abutres, que comandam a mídia", disse Oliveira, que é vice-diretor Cultural da AEPET.
Ele lamenta o alto grau de desinformação em torno da Petrobrás. "Entre 2009 a 2014, a receita líquida da empresa foi sempre superior a US$ 140 bilhões. Em 2020, caiu para US$ 54 bilhões. É mais que o PIB da maioria dos países do mundo, mas o povo nem sabe, ninguém falou. Como conquistar a soberania?"
Lembrando que a inclusão da venda de ativos no Plano de Negócios da Petrobrás começou ainda em 2015, na gestão petista de Aldemir Bendine, Oliveira considera que a destruição da Petrobrás beneficia diretamente a Shell "escolhida para substituir a Petrobrás" em nosso mercado e que o PPI faz parte disso.
O economista pondera que o país tem total condição de se desenvolver a partir de sua própria cultura e soberania, como ocorreu a partir dos anos 1930 até 1980. "Naquele período, o Brasil foi o país que mais se desenvolveu. Na década de 1980, a indústria brasileira produzia mais que as indústrias chinesa e coreana juntas . Até 1990 o PIB do Brasil era maior que o da China", resumiu.
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"O país tem totais condição de se desenvolver a partir de sua própria cultura e soberania, como ocorreu a partir dos anos 1930 até 1980. "Naquele período, o Brasil foi o país que mais se desenvolveu. Na década de 1980, a indústria brasileira produzia mais que as indústrias chinesa e coreana juntas . Até 1990 o PIB do Brasil era maior que o da China"
Fortalecer nossa indústria através de maior capacitação tecnológica, na direção de uma economia mais sustentável / consistente não é papel que possa ser desempenhado pelo mercado isoladamente.
O apoio do Estado é fundamental através de políticas públicas de desenvolvimento e do suporte continuado à formação de recursos humanos e à pesquisa básica e aplicada é indispensável para que esta nova indústria possa cumprir o seu papel de gerar empregos de qualidade...
Isto em um país com mais de um terço de sua mão de obra desempregada ou sub ocupada, que não cresce e não gera empregos suficientes, onde os investimentos em infraestrutura são insuficientes para repor a depreciação dos ativos e onde a fome e a miséria absoluta crescem acentuadamente.
A indústria de transformação brasileira que já foi a locomotiva do crescimento brasileiro com seus 25% do PIB, no fim dos anos 70 está reduzida a pouco mais de 10% do PIB com uma estrutura produtiva muito menos sofisticada do que a década de 70, tendo concentrado suas perdas, nos setores de média e alta tecnologia. No entanto, os números do desempenho do primeiro semestre do ano indicam uma franca recuperação,o que coloca em posição de expectativas positivas.