Ao participar de uma feira internacional em Houston, Pedro Parente declarou que “alguns funcionários da Petrobrás têm sido relutantes em assumir riscos e tomar decisões, depois da Lava Jato”. Ora, quem assume risco é o próprio Parente ao transferir a área de Avaliação de Riscos Estratégicos da Diretoria de Governança, Risco e Conformidade para a Diretoria de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão. A AEPET alerta, desde maio de 2017, o erro desta decisão.
Em editorial publicado no dia 21 de fevereiro passado, mais uma vez a AEPET afirmava que “com a Avaliação dos Riscos sob a tutela do Diretor Nelson Silva, o mesmo que é o responsável por submeter as propostas de desinvestimentos, está configurada grave ameaça ao exercício independente e pleno das atividades técnicas de Avaliação de Riscos Estratégicos”.
Em julho de 2017, Pedro Parente dizia que estava “surpreendido com a paralisia da gerência da companhia que, segundo ele, não quer se comprometer com riscos de envolvimento na operação da estatal”. Em resposta, o economista Cláudio Oliveira publicou o artigo “Qual o temor dos gerentes da Petrobrás?”, onde afirmava : “a reação do corpo gerencial da empresa busca proteger a companhia dos rumos que estão sendo dados à Petrobrás pela atual administração, com venda de ativos feitas açodadamente, ao arrepio da lei em negociatas diretas”.